Pedro Sander, LCP 2010
É difícil dizer o dia em que começa a construção do espírito de equipe de um EB. Talvez por que a convivência com as pessoas que formam a tua equipe não tenha um marco estabelecido. Pode ser a primeira reunião, pode ser o primeiro team days, pode ser a primeira vez em que tocamos no assunto “por que existimos como EB, e o que queremos construir junto com o CL”. Possivelmente essa aproximação nem tenha sido um momento em grupo, e acho que não foi, tendo em vista que os componentes já interagiam entre si em menor ou maior escala, sem compromisso, por mera amizade. Fato é que não existe dia e hora para começar a ser um time integrado e coeso. É um pouco como gostar de alguém. Um dia tu percebes que a pessoa faz falta, que tu gostas de estar com ela, e que tu compartilha ideais. Não tem dia nem hora, a não ser o momento em que tu percebes isso.
O principal pensamento que emerge disso, ao menos para mim, é que se está claro que não há dia nem hora para acontecer, há algo menos óbvio e mais sutil que é possível estabelecer como marco na construção do espírito de equipe, e isso se chama motivo. Esse espírito de equipe acaba se fundamentando principalmente em cima da pergunta: por que existimos como EB? Quando nos propusemos ser um EBackstage, um EB voltado a entregar as ferramentas necessárias para que o CL chegasse ao resultado em si, pensei que estávamos descobrindo o mapa da mina para ter um CL engajado, motivado, empowered e tudo o mais óbvio que se poderia obter como resultado de uma decisão como essa. No entanto, tardou o dia em que percebi que mais impactante do que para o CL como um todo, essa decisão foi fundamental para a motivação do EB em si.
Olhando lentamente para trás, em conversas furtadas ou emprestadas mesmo, comecei a notar o brilho nos olhos de cada VP ao se dar conta de que éramos um EB que sabia que não adiantava apenas ter algo a entregar, mais importante era o motivo dessa entrega: ver pessoas crescendo como conseqüência dos feedbacks gerados em cima dos trabalhos e interações pessoais realizadas.
Sei hoje que temos um time unido em torno de um ideal comum, e talvez por mais sorte do que juízo, quando definimos o objetivo da nossa equipe estávamos sim fazendo algo pelo CL, mas algo fundamental para nós mesmos. Não pense que EB coeso não tem crise. Sempre há o momento em que se tem vontade de atirar tudo para o alto e desistir, mas quando se tem um bom motivo para existir, a marola não chega nem perto de afundar a embarcação.
Como tu tá pônei, Pedro. =)
ResponderExcluirboa leitura
ResponderExcluirum tanto inspiradora
mas pode ser o efeito de combinado de certas conversas com certos membros do EB
^^
é, é isso aí, né? as vezes tudo sai meio do acaso :)
ResponderExcluirParabéns, Porto Alegre!
ResponderExcluir